segunda-feira, outubro 29, 2012

Paradoxos de um Estado que está a destruir a economia portuguesa!

Cada vez se assiste mais à destruição massiva das empresas portuguesas de software, sobretudo por parte do actual governo que prefere aumentar a quota do mercado das grandes multinacionais que operam em Portugal em detrimento da adopção de soluções nacionais capazes de gerar valor para a nossa economia.
Será interessante verificar n
o final deste ano quais os custos das aquisições efectuadas a empresas multinacionais e a empresas nacionais, quando todos sabemos que as licenças de software adquiridas ao estrangeiro são meras importações que transferem para fora do país mais de 80% do valor pago por todos nós, enquanto as licenças pagas a empresas portuguesas são um reforço da nossa economia e uma capacitação para aumentar as nossas exportações.
Chega-se ao cúmulo de fazer adjudicações directas a multinacionais, que por trás vão subcontratar pequenas empresas portuguesas que entretanto foram descartadas pelo Estado e a quem se pede que reinventem tudo de novo.
Numa altura em que a ordem é poupar, obriga-se os pequenos organismos a cancelar contratos com empresas portuguesas e despeja-se dinheiro a rodos nos maiores organismos de informática do Estado, que estão cada vez mais reféns das grandes multinacionais, desrespeitando leis da Assembleia da República de generalização do software livre na administração pública e as regras mínimas de contratação pública.
Quer-se reduzir em cerca de 550 milhões de euros anuais a factura em TIC no Estado, mas parece que isso só se aplica às empresas portuguesas que ainda têm a coragem de vender ao sector público.
Muitos são os lamentos de empresários portugueses que se querem ver livres de contratos com um Estado que cada vez mais os sufoca em favor dos grandes lobbies multinacionais. Algumas das empresas mais inovadoras deste país que trabalham para o Estado já estão a colocar metas no sentido de deixar de vender ao sector público no curto prazo e no médio prazo trabalhar apenas para o mercado internacional, preferindo nessa altura deslocalizar as suas sedes para outros países onde a governação é mais séria e previsível.