Num periodo de crise e de urgência na redução do défice do Estado, a implementação dos serviços partilhados torna-se cada vez mais urgente.
Vejamos realmente o que se deve esperar dos serviços partilhados:
- Reforçar a capacidade de gestão e de concentração nas áreas estratégicas dos organismos através da sua libertação de tarefas de suporte e a subcontratação dessas tarefas a uma terceira parte (pública ou privada) altamente especializada nessas tarefas.
- Garantir a máxima normalização dos processos comuns definidos de forma concertada com os respectivos órgãos reguladores, tornando claras as tarefas, os custos e os níveis de serviço a contratar.
- Criação dos serviços partilhados maioritariamente a partir da transferência de recursos humanos afectos a áreas de suporte dos organismos aderentes.
- Redução drástica do número de trabalhadores afectos a tarefas de suporte nos organismos, através da passagem de pessoas para as unidades de serviços partilhados e da libertação de cerca de 50% dos efectivos para outras tarefas.
- Medição da eficiência e eficácia das unidades de serviços partilhados e benchmarking permanente com soluções alternativas do mercado.
De imediato deveriam ser tomadas as seguintes medidas:
- Acabar com a promiscuidade entre unidades (ditas) de serviços partilhados e as direcções gerais reguladoras dos respectivos recursos,
- Reforçar o papel e as competências dos órgãos reguladores dos recursos da administração pública e preenchimento das lacunas existentes.
- Reforçar e clarificar o papel das secretarias gerais, enquanto órgãos da administração directa do Estado, as quais não poderão ser consideradas meras “delegações” das unidades de serviços partilhados, mas agentes mais activos no processo de regulação e decisão.
- Suster ao máximo a admissão de recursos humanos externos à administração pública para as unidades de serviços partilhados, evitando redundâncias, aumento dos custos e consequente quebra de produtividade global.
- Incluir desde já nos centros de custo das unidades de serviços partilhados todos os recursos actualmente afectos a actividades de suporte nos organismos, tornando transparentes os ganhos ou perdas de produtividade global das soluções implementadas.
Menos Estado e Melhor Estado
1 comentário:
Quanto já foi gasto pelo ESTADO no Projecto Rigore (POCP) e na GERAP?
Que resultados foram obtidos com tanto dinheiro?
Ninguém se interroga?
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