Devido ao estreito leque de oferta de produtos / lotes que resultou do Concurso lançado pela ANCP em Maio 2008, os compradores do Estado portugês são forçados a lançar concursos públicos, morosos e caros, fora deste âmbito, para responder às necessidades quotidianas em equipamento informático.
A ANCP está em contra ciclo com a economia de mercado mundial de Tecnologias de Informação, ao impedir que as principais marcas tecnológicas mundiais (a título de exemplo: HP, IBM, Fujitsu, Toshiba) e as principais empresas tecnológicas a actuar em Portugal, que garantem a criação de emprego e geram investimento no país, abalando de forma definitiva a competitividade do sector e reduzindo significativamente as opções de compra e até impossibilitando, nalguns casos, a própria compra.
O caso dos servidores é escandaloso! Um único fornecedor e sem base instalada (0% de quota de mercado na Administração Pública, conforme estudo da Gartner 07/09), numa área em que a dependência da continuidade de ambientes de TI é crítico para a gestão da informação e dados na Administração Pública.
Para além da falta de concorrência, o actual Acordo Quadro para Equipamento Informático não permite enquanto vigora (até 4 anos) a entrada de novos fornecedores do Estado, sejam eles concorrentes ou marcas.
Assim vão as compras públicas em Portugal depois de se ter apostado tudo numa estrutura empresarial do Estado (ANCP) e na extinção do regulador, que era a "velhinha" DG do Património do Estado.
Ver também:
A triste figura da gestão patrimonial do Estado
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1 comentário:
Por acaso é mesmo uma vergonha. O mais sensato a fazer não é a pré-qualificação de equipamento, mas a pré-qualificação de fornecedores e assim resolvia-se a questão.
É de facto um estrangulamento para a Administração e um atentado aos recursos do país, para não dizermos de todos nós sermos obrigados a adquiir apenas os equipamentos do actual acordo quadro em vigor que não serve nem os interesses dos organismos, nem do Estado, ou melhor, não serve os interesses de todos nós. Porque o Estado somos nós contribuintes.
Os acordos quadros só deveriam entrar em vigor se preenchessem determinadas condições de funcionamento. Acordos que não o são verdadeiramente deveriam ser rescindidos de imediato e não é vergonha nenhuma. Vergonha é persistir no erro.
Sei do que falo, acredite e não poderia estar mais de acordo com o seu comentário.
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