domingo, novembro 30, 2008

APDSI - Personalidade do Ano 2008

O Dr João Tiago da Silveira é sem dúvida alguém que mereceu este prémio, pela determinação em Mudar o Estado, através da eliminação de actos inúteis e a colaboração interdepartamental com outros ministérios, de forma discreta e competente.

sábado, novembro 29, 2008

Um fabuloso testemunho de Steve Jobs

Discurso de Steve Jobs, CEO e co-fundador da Apple Computer e da Pixar Animation Studios, na abertura do ano lectivo de 2005-2006 da Universidade de Stanford nos EUA

Versão legendada em Português

quinta-feira, novembro 06, 2008

Hoje é difícil "sair da caixa" para inovar e transformar

Confesso que se eu vivesse este clima organizacional há trinta anos atrás não tinha concretizado metade das coisas que ousei fazer ao longo da minha carreira, pois seria muito difícil ter uma postura "out of the box" e contar com o voluntarismo e a cooperação entre tantas pessoas e tantos organismos com os quais foi possível fazer de Portugal um país pioneiro no desenvolvimento do e-Government em todo o mundo.
Hoje não é fácil inovar e lutar contra o que está instituído, pois as agressões e o autoritarismo a que os funcionários públicos estão sujeitos, fá-los refugiar no casulo do medo e da obediência estrita à hierarquia, por mais imbecil que seja.
A cooperação e a entre-ajuda são desencorajadas e é muito difícil ter a coragem de olhar para além das paredes do nosso organismo e na maioria das vezes só nos resta defender o território dos nossos "objectivos SIADAP".
  • Como é que se poderão construir cadeias de valor interdepartamentais para melhor servir os cidadãos e as empresas?
  • Como é que vamos conseguir recentrar a administração no cidadão quando cada vez mais somos impelidos a recentrármo-nos em nós próprios?
  • Como é que vamos conseguir abrir as nossas mentes para a inovação e para a mudança?
Precisamos de uma administração cada vez mais orgânica e viva e cada vez menos mecânica e conformista.

quarta-feira, novembro 05, 2008

Burocratas e Pigmeus


Nas palavras do actual Secretário de Estado da Administração Pública, "trabalhadores, serviços e dirigentes que não estejam com a reforma serão trucidados". Infelizmente é assim que agora se faz a reforma da administração pública em Portugal.
As declarações do Secretário de Estado da Administração Pública não apenas denunciam imaturidade política e técnica, mas sobretudo constituem um “acto falhado”, no sentido freudiano, que torna transparentes as actuais convicções de quem hoje acaba de chegar à administração pública ou ao próprio Governo, amplificando preconceitos e atitudes que nada contribuem para uma efectiva mobilização que conduza à mudança.
Hoje em dia tornou-se quase impossível ser funcionário público. Hoje não passamos de “empregados” ou “assalariados” que cumprem objectivos circunscritos, sem haver qualquer lugar para a inovação, para o risco, para a crítica e tudo o que decorre da imparcialidade, da independência, da ética e da coragem de pensar pela própria cabeça.
Hoje os funcionários que ainda tinham algum orgulho no seu juramento de serviço público estão a ser trucidados e decapitados, para se tornarem em meras peças desta verdadeira Burocracia, que não passa de “um gigantesco mecanismo governado por pigmeus”, como dizia Balzac.
Já não exigimos que o membro do Governo responsável pela reforma conheça as famosas teorias X e Y da liderança e motivação, mas ao menos que tivesse um pouquinho de inteligência emocional em actos oficiais.
Este pequeno incidente não seria importante se o problema que está por detrás não fosse mais profundo.
Estamos a assistir cada vez mais a um retrocesso cultural nas práticas e atitudes de gestão, que nos conduzem inevitavelmente ao aprofundamento da Burocracia, engendrada no século XIX, teorizada por Taylor, Fayol e Weber no início do século XX e ficcionada no “Processo” de Kafka ou nos “Tempos Modernos” de Charlot.
Um trabalhador constantemente ameaçado por um processo de avaliação imposto e mal percebido e a quem se obriga a delimitar mecanicamente o território e os tempos das suas tarefas para não correr riscos de ser mal avaliado, é um trabalhador a quem não é permitida a condição de ser funcionário público e a quem não resta se não a condição de ser Burocrata "zeloso e cumpridor".
Nos últimos anos temos assistido ao “trucidar” dos organismos públicos fazendo de conta que são empresas (institutos e agências) geridas por pseudo-empresários imaturos, preconcebidos, mas remunerados muito acima dos "velhos" funcionários públicos e deslumbrados com os sinais de status caducos do passado, mas que estes "agentes da mudança" não questionam.
Trata-se necessariamente de pessoas obedientes e sem opinião própria, delimitadas no tempo da legislatura a que devem favores e na vaidade do respectivo organismo, mas que não fazem a mínima ideia do que são valores e ética de serviço público.

segunda-feira, novembro 03, 2008

APDSI - Fórum da Arrábida - Rogério Carapuça

Apresentação do Prof Rogério Carapuça no Fórum da Arrábida 2008 da APDSI
Como Mobilizar Portugal para a Sociedade da Informação