Numa altura em que se pretende criar uma agência independente de controlo das contas públicas, é importante salientar que não existe controlo possível sem um sistema de informação adequado.
Infelizmente tem-se assistido nos últimos quatro anos a uma mudança de foco dos Sistemas Centrais de gestão de Recursos Financeiros e de Recursos Humanos, para a “conquista” de Sistemas Departamentais e a venda de ERPs aos organismos.
A fragilização dos órgãos técnico-reguladores centrais, como a DGO e a DGAEP está a conduzir o país a uma carência de informação rigorosa e atempada sobre os Recursos Financeiros e Humanos do sector público e dificulta qualquer Reforma do Estado que se pretenda empreender e a definição de políticas adequadas nestas áreas.
Prefere-se promover e desvirtuar a concorrência com o mercado privado dos ERPs e dos CPDs para justificar a empresarialização de algumas entidades em áreas de baixa soberania e deixam-se sufocar os sistemas centrais de apoio à tomada de decisão nas áreas de política financeira e de recursos humanos de todo o sector público, bloqueando qualquer reforma séria e sustentada nestes domínios.
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