quarta-feira, dezembro 22, 2010

Vamo-nos encontrando por aí...

A partir de 1 de Janeiro de 2011 ficarei aposentado, após quase 39 anos de serviço público. Saio bastante decepcionado e sem ver concretizados alguns dos meus sonhos de mudança e de melhoria da administração pública.
Vivi sempre de acordo com as minhas convicções, sem fazer concessões a benesses ou vantagens pessoais.
Fui e serei sempre uma pessoa livre, sonhadora e incapaz de prescindir dos seus direitos de cidadania activa. Nunca me fingi de morto e nunca perdoei a cobardia, a corrupção, a hipocrisia e a mediocridade à minha volta.
Saio de consciência tranquila de que tudo fiz para melhorar o serviço público, apesar de me terem sido destruídos projectos e estratégias de inovação frequentemente interrompidas pelos vários ciclos políticos ao longo de 25 Governos.
Vamo-nos encontrando por aí nas associações cívicas a que estou ligado, nas redes sociais ou em qualquer outro espaço de liberdade e cidadania.
Desejo a todos um Bom Natal e um Ano Novo cheio de saúde e felicidade.
Um abraço amigo a todos
Luís Vidigal

vidigal.luis@gmail.com

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Luís Filipe

Um voto enorme por uma aposentação com dignidade.

Saudades...levamos todos para casa, mas não vás viver disso!
Vai antes gritar para a praça pública o que falta ao nosso desgraçado País: Gente Honesta a governá-lo!
Foi isso que nos amargou o Serviço Público que prestámos, rodeados de outros tantos - felizmente muitos, muitos - com os mesmos ideais! Mas há, como dizes, sempre a sombra de um crápula, um gajo viscoso que se insinua em empresas ditas públicas ou para-públicas, como cardeal cinzento de todos os poderes que passam e de que detem as rédeas complexas do cruzamento de interesses de negócio privado com a coisa pública! E ficam, ficam, ficam...eles e meia dúzia de "partners" em "joint ventures" incompreensíveis, em vicariância da suposta obsolescência de conhecimentos na AP (que eles tratam de apregoar para justificar inconfessáveis e inconfessados interesses e réditos!).
O problema da AP vem dos tempos de outras senhoras: há sempre uma mercê que se dá...às vezes por várias "vidas", "de juro e herdade" (passe a expressão em vulgar). E nós vimo-las, nem sabemos como, sentadas na secretária do lado, a produzir aquilo que já estava feito, usando os meios da AP e cobrando o "servicinho" de consultoria (que miséria, valha-nos Deus)ou de desenvolvimento, prestado com meninos e meninas que da corporação apenas tinham vaidade, sem conhecimento para responder à mais elementar pergunta - mas dotados de arrogância doutoral, que isso importa à imagem!
Mas havia necessidade de mais umas prebendas!
Viste com que rapidez apareceram parques eólicos neste País?! Foi tiro e queda! Não é estranho?! E "Magalhães" aos milhões?! Não é estranho?! E ESTAMOS?! Não é estranho?! (Ainda não havia "Empresa na Hora")- só para "ilustrar" diferentes "osmoses políticas", pois não há "santos nem pecadores", digo eu. E...o Tribunal de Contas deve ter um rol jeitoso para publicar.

Um abraço amigo

António Camacho