A Autonomia não pode ser um subterfúgio para se poder fazer tudo o que se quer sem prestar contas a ninguém, nem pode ser vista como uma nova forma de modernizar a administração pública subordinada a modelos facilitadores do sector privado.
A Autonomia, quando é criada no sector público, deve ser proporcional à transparência, maturidade e rigor dos Sistemas de Informação que lhe dão suporte. Chamamos a isto a Lei do Pêndulo, pois a intensidade da Autonomia deve ser tão elevada quanto os sistemas de informação necessários para garantir a sua transparência e o seu controlo.
A tendência dos últimos anos tem sido a fuga para as autonomias de gestão e para a criação de paraísos gestionários criados à margem do sector público administrativo, mas suportados integralmente pelos orçamentos nacionais e comunitários. Estas novas autonomias, onde se concentra a verdadeira despesa pública, estão protegidas por uma profunda hipocrisia e vêm alimentando mordomias a quem vive politicamente da gestão pública e da alternância do poder. Infelizmente estas novas entidades não estão a ser acompanhadas de sistemas de informação centrais, capazes de monitorizar, regular e auditar a qualidade e a eficácia da gestão dos avultados recursos colocados à sua disposição.
sábado, julho 23, 2005
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