São já muitos os hotéis de luxo (empresas públicas, agências, institutos e fundações), criados para fugir ao controlo orçamental e pagar favores políticos a quem os vai dirigir e a quem por lá passa durante uma pequena temporada. Remunera-se a belo prazer alguns destes passantes com valores que estão totalmente a contra ciclo do que actualmente se paga na economia real. Vão-se buscar alguns especialistas às empresas fornecedoras de serviços, substituindo-se a estas e entrando de forma despudorada em concorrência desleal com o mercado privado. Será assim que se pretende “refundar” o Estado?
Não
admira que a despesa pública esteja descontrolada, pois enquanto esta
aparente gestão privada continuar a reclamar para si maior autonomia e
estiver a actuar na esfera pública com caprichos e desmandos de quem
facilmente se deslumbra com o poder, o Estado continuará a ser um
sorvedouro de recursos públicos que resiste à transparência e à
prestação de contas.
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